12 de março de 2012

A Culpa é dele, ou minha?


Tava falando nesse assunto agora a pouco.
Alguns jovens (segundo informação) de uma cidade litorânea desviaram-se da igreja, e costumeiramente, como acontece em casos do tipo, a culpa deve ser de seus pastores, lideres, da igreja, ou do diabo (que apesar de tentar a todos, não é culpado disso)! Por não fazerem algum retiro ou evento em suas igrejas, que de fato deveria ter!

Infelizmente temos o mesmo costume de nossos pais, jogar a culpa em quem der na telha, ou nas palavras de Homer Simpson: "A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser!" (risos).

Deveríamos tomar a decência e maturidade de assumir a culpa dos nossos pecados, e não fazer como Adão ou Eva, que após serem "enganados" pela serpente (na verdade foi Eva, depois Adão que deu ouvidos a sua mulher) que ao serem indagados em como eles sabiam que estavam de fato nus, colocaram a culpa na Serpente, que não era responsável pela total culpa do acontecido.

Penso eu, que houve tempos em que não se tinha eventos como retiros e coisas do tipo, porem os jovens não se deixavam levar por festas carnavalescas ou coisas associadas ao estilo das práticas carnais.


Pois é, chegou o tempo que devemos assumir a responsabilidade de nossos atos e não culpar a ninguém por eles! Deus certamente nos perdoará, se nos arrependermos de verdade, ele fará o que de melhor sabe fazer por amor a nossas vidas, nos perdoar!

Palavras de Jesus:
E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:

Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. 
Lucas 18:9-14


17 de fevereiro de 2012

EBD - Lição 07: O Perigo de querer barganhar com Deus




Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO

A Teologia da Ganância está fundamentada na relação de causa e efeito, isto é, na possibilidade do ser humano barganhar com Deus. Na aula de hoje, destacaremos essa impossibilidade, tendo em vista a graça de Deus, que desconstrói essa relação de troca. No início, mostraremos que a Bíblia, como Palavra de Deus, condena a barganha com Deus, em seguida, que esse tipo de ensinamento é perigoso por desconsiderar o favor imerecido de Deus.

1. A BÍBLIA CONDENA A BARGANHA COM DEUS

A Bíblia é susceptível à construção de qualquer doutrina, ela pode ser usada para fundamentar qualquer posicionamento humano. Ao longo da história, ela foi usada para justificar o extermínio de pessoas, o preconceito contra os negros, entre outros descalabros. A Bíblia é a Palavra de Deus, mas precisa ser lida com sinceridade e responsabilidade, sobretudo com disposição para ouvir o que o Senhor tem a dizer (Ap. 2.7,11). O texto bíblico precisa ser considerado em sua inteireza, e contextualizado, dentro de uma revelação específica para determinado tempo, avaliando as possibilidades para a sua aplicação, tendo como crivo o evangelho de Cristo (Lc. 11.52). Tal como os amigos de Jó, muitos defendem, nos dias atuais, que as adversidades pelas quais muitos cristãos passam advêm de pecado, como também acreditavam os discípulos de Jesus (Jo. 9.1). O próprio Diabo acreditava que Jó se distanciaria de Deus se viesse a perder o que possuía (Jó. 1.6-12; 2.1-10), não são poucos que, como Elifaz, Zofar e Bildade querem fazer o mesmo. O Tentador também barganhou com Cristo quanto o Senhor foi tentado no deserto, prometendo-LHE as glórias desta era, caso se prostrasse e o adorasse (Mt. 4.8-10). A barganha é sempre uma doutrina satânica, respaldada pela religiosidade humana, o evangelho de Cristo é escândalo para o mundo e para a religião, pois Cristo morreu justamente pelos que não mereciam (II Co. 10.2). A base desse evangelho é o amor, revelado no agape, na disposição de Deus de entregar Seu Filho para que todos os que nEle creem tenham a vida eterna (Jo. 3.16).

2. OS ARTIFÍCIOS PERIGOSOS DA BARGANHA COM DEUS

A doutrina da barganha com Deus é perigosa porque condiciona a operação de Deus às atitudes humanas. O ser humano é posto diante de leis e decretos que são considerados infalíveis. A famosa expressão “toda ação resulta em uma reação” é amplamente usada pelos adeptos da barganha. Essa lei se aplica aos valores seculares, mundo, às trocas empresariais, mas nada tem a ver com o relacionamento do homem com Deus, não deve ser imitada pela igreja do Deus Vivo. Cristo é a verdade que liberta (Jo. 8.32-36), e, por causa dEle, nenhum ritual religioso pode restringir a graça (Cl. 2.16-23). A barganha perdeu toda e qualquer razão de ser, pois, na cruz, a cédula foi rasgada, não existe mais débito (Cl. 2.14,15). Nos primórdios da igreja cristã a doutrina da barganha adentrou as igrejas da Galácia. Paulo reconheceu o perigo daquele ensinamento, por isso escreveu urgentemente àquelas igrejas (Gl. 1.1-13). A circuncisão, naquelas comunidades, é o exemplo de lei que se impõe como entrave à manifestação da graça de Deus. Paradoxalmente, em Cristo não existe mais lei, senão a do amor, o fruto que em nos opera para a vida, não para a morte (Gl. 5.21,22). Aqueles que se fiam na lei não agem com amor, apenas conseguem impor sobre os outros as suas interpretações, suas neuroses, concretizada em perseguições, tal como fez Paulo, quando adepto do farisaísmo (Fp. 3.4,6; I Tm. 1.13).

3. BARGANHA É O ESTELIONATO DA GRAÇA DE DEUS

A barganha com Deus é um estelionato contra a graça de Deus, ela nega o princípio maior da ética do evangelho. A religiosidade fundamentada na competitividade leva às pessoas a quererem ser sempre uma melhores do que as outras. Tal como Caim, somos levados a medir constantemente as atitudes dos outros pelas nossas, inclusive no que tange à espiritualidade, impossibilitando a operação do amor de Deus (I Jo. 3.11-13). As pessoas que se fiam na barganha com Deus vivem sempre amedrontadas, não conseguem desfrutar da plena liberdade que há em Cristo (Gl. 5.13-16). É bem verdade que o homem ceifará o que semear, mas isso somente na dimensão da lei, pois, na graça, a ética é respaldada pelo amor. É o amor de Deus que nos constrange a fazer o bem (Gl. 6.9-10), como expressava Agostinho, “amemos a Deus e podemos fazer o que quisermos”. Os dividendos dessa condição existencial será para a eternidade, reconhecimento divino do nosso desprendimento (II Co. 9.7-11). As atitudes cristãs, inclusive a contribuição, é uma extensão da atuação graciosa de Deus. Os adeptos da Teologia da Ganância, no entanto, transformam essa ética em práticas legalistas. O objetivo central desses é o acúmulo de bens, a fim de viverem regaladamente, enquanto os pobres da igreja padecem necessidade. Mas o julgamento de Deus sobrevirá sobre eles, pois, conforme já antecipou Pedro, esses “farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." (II Pe. 2.3)

CONCLUSÃO

O Jesus pregado pelos Teólogos da Ganância nada tem a ver com Aquele revelado nas Escrituras. Mais que isso, conforme revela Paulo aos coríntios, se trata de outro espírito e de outro evangelho (II Co. 11.1-4). A doutrina da barganha defendida por tais pregoeiros é perigosa porque põe em questão a manifestação escandalosa da graça de Deus através da cruz de Cristo (I Co. 2.14; 3.19). O relacionamento do crente com Deus, e com o próximo, se fundamenta não na misericórdia e na graça, mas na troca de favores, que nada tem a ver com o genuíno evangelho (I Co. 13).

BIBLIOGRAFIA

FABIO, C. Sem barganhas com Deus. São Paulo: Fonte Editorial, 2005.
GONÇALVES, J. A prosperidade à luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

7 de fevereiro de 2012

UMADEM promove o XII EMAD



A União da Mocidade da Assembleia de Deus em Mossoró - UMADEM, realizará no período de 18 à 21 de fevereiro mais uma edição do Encontro da Mocidade da Assembleia de Deus - EMAD.

O encontro que este ano chega a sua décima segunda edição, teve sua primeira realização no ano de 2000 na gestão da UMADEM, Ev. Reynaldo Odilo Martins Soares, sendo anualmente, realizado no período carnavalesco com grande participação dos jovens mossoroenses e de cidades adjacentes.

Versando sobre o tema "Jovens, geração da última hora" Com reflexão bíblica na carta do apóstolo Paulo aos romanos, capitulo 13 e versículo 11, o XII EMAD será realizado no CAIC do bairro Abolição de número IV(não mais na EXPOCENTER por motivos de causa maior) com programação das 14:00h às 20:00h.

Segundo os presidentes da UMADEM, o Pb. Ricardo da Nóbrega e o Dc. Jocelito Soares, a expectativa é que esta edição supere os índices alcançados dos anos anteriores.

Ainda, refletindo sobre o principio norteador desta realização, o presidente da UMADEM, Pb. Ricardo da Nóbrega enfatiza que o EMAD se constitui em um momento de integração entre a comunidade jovem assembleiana de Mossoró e Região, sendo, anualmente confirmado pela marcante presença do Espirito Santo de Deus impactando a juventude participante através da ministração da palavra de Deus e o mover do Espirito Santo com batismos, renovações e curas divinas.

Ministrando a Palavra de Deus durante o encontro jovem o pastor Rodrigo Coelho (PB)
 e a cantora Célia Sakamoto (SP) são os nomes confirmados, e a participação de jovens cantores e grupos musicais de nossa cidade e região.

Ainda , dentro da programação do XII EMAD acontecerá a transição de posse da nova presidência da UMADEM que, para o ano de 2012, terá em sua presidência os presbíteros Francisco Rossinaldo e Iranaldo de Macedo.

Vislumbrando o pleno sucesso de mais este encontro a coordenação geral tem mobilizado um batalhão de homens e mulheres que, distribuídos em equipes especiais, já se encontram engajados nos preparativos finais deste evento pentecostal.


Fonte: Jornal A Voz da Assembleia de Deus (Órgão informativo da Assembleia de Deus/Mossoró-RN - ano 15 nº181

6 de fevereiro de 2012

EBD - Lição 7: Tudo posso Naquele que me Fortalece




Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO

Um dos principais problemas da Teologia da Ganância está na ausência de princípios sólidos para a interpretação da Escritura. Seus adeptos utilizam textos isolados e descontextualizados para justificar pontos de vistas antibíblicos. Filipenses 4.13 é um exemplo desse tipo de equívoco, não poucos citam esse texto para argumentar que podem fazer qualquer coisa. Na lição de hoje, estudaremos essa passagem atentando para o contexto, que nos conduzirá a uma percepção mais madura da fé, que nos orienta a confiar em Deus, independentemente das circunstâncias.

1. PRESO, MAS ALEGRE E CONFIANTE

A Epístola ao Filipenses foi escrita por Paulo, por volta de 63 d. C., pouco tempo depois desse mesmo Apóstolo ter plantado uma igreja naquela cidade, situada na Macedônia oriental, a 16 km do Mar Egeu (At. 16.9-40). Ao longo da Epístola, percebemos o forte laço de amizade entre os irmãos filipenses e Paulo, tendo esses enviado ajuda financeira ao Apóstolo várias vezes (II Co. 11.9; Fp. 4.15,16). Ao que tudo indica, Paulo teria visitado essa igreja duas vezes durante sua terceira viagem missionária (At. 20.1-6). A Epístola ao Filipenses é uma daquelas Cartas da Prisão (Fp. 1.7, 13, 14), quando o Apóstolo estava encarcerado em Roma (At. 28.16-31). Um dos objetivos dessa Epístola é agradecer a generosidade dos irmãos, em razão da oferta providenciada por eles (Fp. 4.14-19). Mesmo preso em Roma, Paulo revela sua confiança em Deus, e roga aos irmãos para que não fiquem desanimados por causa da sua condição (Fp. 1.12-26). Ele aproveita a oportunidade para orientar os crentes para que estejam alegres – uma palavra chave na Epístola aos Filipenses, chara em grego – em todas as circunstâncias da vida (Fp. 1.4, 12; 2.17,18; 4.4, 11-13). Ao contrário do que defendem os adeptos do pseudopentecostalismo, propondo um modelo triunfalista de cristianismo, Paulo instiga à humildade e ao serviço cristão, ressaltando o exemplo de Cristo, que mesmo sendo Deus, tomou forma humana, como servo (Fp. 2.1-16).

2. TUDO PODEMOS, INDEPENDENTEMENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS

A vida cristã não é orientada pelas circunstâncias, tendo em vista que somos desafiados, a todo o momento, a vivermos acima delas. Paulo nos ensina, nessa Epístola, a vivermos contentes, a não nos deixarmos solapar pelas vicissitudes existenciais. Mas o contentamento não é algo que se consegue do dia para a noite, é resultado do fruto do Espírito (Gl. 5.22), trata-se de uma alegria que não se deixa abalar, mesmo quando tudo parece não se ajustar ao nossos bem estar. A esse respeito diz o Apóstolo: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre” (Fp. 4.11). O contentamento é resultado de aprendizado, e muitas vezes, com provas difíceis, e certamente, com notas baixas. Às vezes, é preciso perder bastante para aprender que é “grande fonte de lucro a piedade com o contentamento” (I Tm. 6.6). A palavra contentamento em grego é autarkes e diz respeito à suficiência, a convicção de ter o que é preciso, a certeza de que o Senhor é o nosso Pastor e de que nada nos fará falta (Sl. 23.1). É a certeza de que Deus providencia o que necessitamos, uma satisfação por ter as carências básicas supridas pelo Senhor (I Tm. 6.8; Hb. 13.5). A declaração de Paulo “tudo posso” precisa ser compreendia nesse contexto, não como uma palavra mágica que pode ser utilizada para fazer coisas que estão além da vontade soberana de Deus. O Apóstolo sabia estar diante de Deus em toda e qualquer situação, tal como José que demonstrou ser fiel tanto na fartura quanto na necessidade (Gn. 45.5; 50.20). Algumas pessoas não sabem passar por necessidades, outras não conseguem lidar com a fartura, mas o cristão maduro, pode, independentemente das circunstâncias, viver para Deus (II Co. 6.16-18).

3. NAQUELE QUE FORTALECE

A prosperidade material, amplamente almejada nesses dias, tem causado mais malefícios do que bênçãos. Muitas igrejas estão esquecendo de buscar ao Senhor, investiram demasiadamente em construções, mas deixaram de dar o o devido valor à edificação espiritual (Ap. 3.17). Cristo é o Mestre que nos ensina a não vivermos ansiosos, a não estamos demasiadamente preocupados com as necessidades da vida e a não depositar a nossa confiança nas riquezas (Mt. 6.25-34). A fonte da qual recebemos contentamento, satisfação plena, é Cristo, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5). Paulo não estava desprezando a oferta generosa dos irmãos filipenses, antes os elogia pelo desprendimento. Ele destaca, fazendo um contraponto, que eles foram de encontro com a necessidade dele, mas que Deus iria de encontra a todas as suas necessidades, que Ele havia contribuído mesmo na pobreza, mas que Deus supriria as suas necessidades em Suas riquezas em glória (Fp. 4.18,19). É importante destacar que Deus não promete suprir todas as nossas “ganâncias”, mas todas as nossas "necessidades". Muitas pessoas não conseguem vivem contentes porque se deixam levar pelas supostas necessidades criadas pela mídia, movida pela sociedade de consumo, que não permite que se encontre plena satisfação.


CONCLUSÃO

Precisamos aprender, como Paulo, a viver contentes, a encontrar plena satisfação em Cristo. Muitos pedem, declaram, até citam Jo. 14.13, achando que receberão qualquer coisa que pedirem, mas não relativizam, que muitos pedem, mas não recebem, porque pedem mal, para esbanjar em seus deleites carnais (Tg. 4.2,3). Somente aqueles que aprenderam na escola de Cristo a estarem satisfeitos nEle, podem dizer, com o Apóstolo, que: “tudo podem naquele que me fortalece”.

BIBLIOGRAFIA

LOPES, H. D. Filipenses. São Paulo: Hagnos, 2007.
MARTIN, R. P. Filipenses: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.